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Angola

        27 anos de guerra civil, 1,5 milhões de mortos e 4 milhões de desalojados após a independência de Portugal em 1975, Angola dispõe desde 2002 da paz necessária para se desenvolver e explorar os imensos recursos naturais de que dispõe.

        Tendo obtido a independência da potência colonizadora, Portugal, em 1975, os três principais partidos angolanos - Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA), União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) e Frente Nacional para a Libertação de Angola (FNLA) envolveram-se numa guerra civil que só veio a terminar com a morte do líder da UNITA, Jonas Savimbi.

        Angola foi igualmente palco de um dos mais sangrentos episódios da guerra fria, com os Estados Unidos a apoiarem a UNITA e a invasão de Angola pelo exército da África do Sul e a extinta União Soviética a apoiar o MPLA e o envio de tropas cubanas para aquele país africano.

        Tendo recebido o apoio inicial de militares portugueses para se instalar em Luanda, capital colonial, o MPLA apresentou-se como o governo legítimo de Angola e tomou o poder. Além disso, o exército sul-africano e a UNITA não conseguiram opôr-se com êxito aos cubanos e aos soldados do MPLA.

        Com uma área de 1.246.700 quilómetros quadrados, a esmagadora maioria dos pouco mais de 11 milhões de angolanos vive da agricultura de subsistência com a maior parte dos produtos alimentares a ter de ser importada.

        A esperança média de vida dos angolanos é de apenas 36,5 anos e a taxa de mortalidade infantil é de 190 mortos por cada mil nascimentos.

        A produção de petróleo contribui em cerca de metade para o Produto Interno Bruto e em mais de metade para as exportações. De referir que Angola possui reservas confirmadas de 23 mil milhões de barris de petróleo e 80 mil milhões de metros cúbicos de gás.

        Além do petróleo, Angola exporta derivados do petróleo, diamantes, alguns produtos agrícolas, tais como café, madeira e algodão e pescado.

        Curiosamente, os seus principais mercados para a exportação são, depois dos Estados Unidos, a China Continental e Taiwan, com 30 e 8 por cento, respectivamente, do total.

        Angola dispõe de uma força laboral de 5,1 milhões de pessoas. Mais de metade está no desemprego e embora o sector primário absorva 85 por cento com os restantes 15 por cento a estarem na indústria e serviços, a agricultura mais não representa do que 8 por cento para o produto interno bruto. A indústria é a base de sustentação do PIB angolano ao representar mais de 67 por cento.

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Brasil

        A 22 de Abril de 1500 a frota de Pedro Álvares Cabral chega ao Brasil, inicialmente chamado de Vera Cruz. A viagem durou 44 dias argumentando-se hoje que se tratou de uma mera formalidade pois os portugueses já conheciam aquelas terras embora de uma forma superficial.

        Tal argumento deriva da redacção do Tratado de Tordesilhas, assinado entre as duas potências ibéricas em 1494, na terra que dá o nome ao tratado. Nesse documento, Lisboa reservava para si todas as terras que ficassem para Oriente de um meridiano que distasse 370 léguas ou cerca de 2000 quilómetros a Ocidente do arquipélago de Cabo Verde. O que inclui o Brasil.

        Trezentos anos mais tarde, a França revolucionária e as monarquias europeias conservadoras estão em guerra. Napoleão consegue a vitória excepto frente à Inglaterra. Para domar o leão inglês, decreta o bloqueio continental. Portugal, cuja economia se encontrava subordinada à inglesa, manifesta a sua relutância em aderir. As forças de Napoleão invadem Portugal.

        Em 1808 a família real portuguesa transfere-se para o Brasil sob protecção inglesa. Mas essa protecção foi paga bem caro. O comércio brasileiro, até aí monopólio dos portugueses, foi aberto nomeadamente aos ingleses. Que se fizeram pagar tão bem que os direitos alfandegários para os seus produtos eram inferiores aos dos produtos portugueses. Numa colónia portuguesa.

        Mas embora Dom João VI tenha dado a liberdade económica ao Brasil com a abertura dos portos e tenha designado o país como Reino unido a Portugal e Algarves, a corrupção administrativa, a opressão fiscal, as contradições da política joanina levaram ao aparecimento de revoltas, inspiradas um pouco na corrente do pensamento iluminista e liberal.

        A regência de Portugal pelo inglês Beresford depois da derrota dos franceses e a recusa de Dom João VI de regressar a Portugal foi a causa mais directa para a revolução liberal de 1820 no Porto. Depois da vitória dos constitucionalistas e sem outra alternativa, Dom João VI regressa a Portugal deixando como regente do Brasil seu filho e herdeiro Dom Pedro.

        No final do ano de 1821 chegam ao Rio de Janeiro decretos das Cortes de Portugal que ordenavam a abolição da regência e o regresso imediato de Dom Pedro, a obediência das províncias a Lisboa e não ao Rio e a extinção dos tribunais do Rio de Janeiro. Um amplo movimento tenta convencer Dom Pedro a desobedecer às cortes e a ficar no Brasil, no que é bem sucedido.

        Em 7 de Setembro de 1822, impelido pelas circunstâncias, D. Pedro rompeu definitivamente os laços de união política com Portugal. Culminou, dessa forma, o longo processo de emancipação, iniciado em 1808 com a vinda da família real. A 12 de Outubro de 1822, D. Pedro foi aclamado, e a 1 de Dezembro do mesmo ano tornou-se o primeiro imperador do Brasil.

        Hoje o Brasil é uma república. Com 186 milhões de habitantes e 8,5 milhões de quilómetros quadrados de área, o Brasil é o maior e mais populoso país do continente sul-americano. A esperança média de vida é de 71 anos e a taxa de mortalidade infantil é de 29 mortos por cada mil nascimentos.

        Com uma governação civil desde 1985 quando os militares cederam o poder de uma forma pacífica, o Brasil, que dispõe de vastos recursos naturais e muita mão-de-obra, é a principal economia da América do Sul e um líder regional. A extremamente desigual distribuição do rendimento é um dos problemas mais graves do país.

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Cabo Verde



        Um conjunto de 10 ilhas descoberto pelos navegadores portugueses no século XV, Cabo Verde é hoje uma das democracias mais estáveis de África, depois de uma passagem de 15 anos por um sistema de partido único.

        Quando a luta pela independência começou na Guiné-Bissau, alguns dos dirigentes da guerrilha - de origem cabo-verdeana - chamaram à sua organização Partido Africano para a Independência de Guiné e Cabo Verde (PAIGC). Mas após a independência, em 1975, os dois países afastaram-se.

        Utilizado inicialmente como entreposto de escravos e mais tarde como um porto para reabastecimento dos navios transatlânticos, secas continuadas na segunda metade do século XX levaram a emigração de muita da sua gente, que hoje é em maior número no exterior do que no próprio país.

        Com cerca de 820 mil habitantes, os naturais de Cabo Verde têm uma esperança de vida à nascença de 70 anos sendo que a mortalidade infantil é ainda de 48 por cada mil nascimentos.

        A economia de Cabo Verde está voltada para os serviços, com o comércio, transportes, turismo e administração pública a representar 72 por cento do Produto Interno Bruto. Embora 70 por cento da população viva em zonas rurais, o sector primário representa apenas 12 por cento do PIB.

        Cabo Verde, com a capital na cidade da Praia e uma área de 4.033 quilómetros quadrados, apresenta anualmente um défice comercial elevado que é financiado pela ajuda externa e pelas remessas dos seus emigrantes, sendo que estas representam mais de 20 por cento do PIB.

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Guiné-Bissau

A Guiné-Bissau está localizada na costa ocidental de África, entre o Senegal, a Norte, e a Guiné Conacry, a Sul, dispondo de uma frente de mar de 350 quilómetros.

Tendo sido a primeira colónia portuguesa a obter a independência, o que aconteceu em 1974, a Guiné-Bissau registou desde essa data uma série de golpes de estado, de tentativas de golpe, de presidentes depostos que levou à destruição da economia do país.

A guerra de guerrilha contra Portugal teve o seu início na Guiné-Bissau, com os responsáveis do país a terem declarado unilateralmente a independência em 24 de Setembro de 1973 com Portugal a reconhecê-la em 10 de Setembro do ano seguinte, após a revolução do 25 de Abril em Portugal.

Eleições ocorridas recentemente deram a vitória a Nino Vieira, que já fora presidente depois de um golpe de estado em 1980. Em 1994 foi eleito presidente nas primeiras eleicoes livres tendo sido derrubado em 1999 e substituído por Kumba Ialá, mais tarde derrubado por novo golpe.

A população da Guiné, 1,4 milhões de pessoas, tem uma baixa esperança de vida, apenas 47 anos, sendo que a mortalidade infantil é de 107 mortos por cada mil nascimentos.

Um dos 10 países mais pobres do mundo, a Guiné-Bissau depende fundamentalmente da agricultura e pescas. Nos anos mais recentes, a produção de castanha de cajú aumentou bastante pelo que o país é agora o sexto produtor mundial.

Guiné-Bissau possui fosfatos e outros minerais mas a sua exploração, atendendo aos custos elevados, não irá acontecer no futuro mais próximo. No entanto, a exploração das reservas de petróleo no "offshore" poderá vir a dar ao país a prazo as receitas necessárias.

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Moçambique 


        Moçambique situa-se na costa oriental de África e, dispondo de uma superfície de 784 mil quilómetros quadrados, é banhado pelo Oceano Índico ao longo de 2 470 quilómetros.

        Situado entre a Tanzânia, a Norte, e a África do Sul, a Sul, Moçambique faz ainda fronteira com o Malawi, a Suazilândia, a Zâmbia e o Zimbabué.

        Uma guerra civil entre a Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), de orientação marxista, e a Renamo, pró-ocidental, transformou um país rural num país urbano e costeiro, com grande parte da população a fugir do campo em busca de refúgio contra os soldados de ambas as facções.

        Controlado pelos portugueses desde o século XVI, Moçambique obteve a sua independência em 1975, após um luta de guerrilhas que se prolongou por 10 anos. A postura marxista dos seus dirigentes, com purgas e a criação de campos de concentração chamados de reeducação, levou à criação da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) e ao início da guerra civil que apenas terminou em 1992.

        A Frelimo abandonou em 1989 o marxismo como linha orientadora tendo em sua substituição adoptado a economia de mercado e uma democracia multipartidária. Joaquim Chissano, segundo presidente de Moçambique após Samora Machel, cedeu o seu lugar após 18 anos na condução dos destinos do pais, tendo as ultimas eleições ditado a vitória do candidato da Frelimo.

        Com uma população estimada em 19,4 milhões de pessoas, a esperança média de vida pouco ultrapassa os 40 anos, situando-se a mortalidade infantil em 130 mortos por cada 1000 nascimentos. Alem disso, Moçambique tem actualmente 12,2 por cento da sua população infectada com SIDA que em 2003 contribuíram com 110 mil para o numero total de mortos.

        As mais recentes eleições presidenciais, realizadas em Dezembro de 2004, deram a vitoria a Frelimo e ao seu candidato Armando Guebuza com 63,7 por cento dos votos. Afonso Dhlakama, líder da Renamo, não obteve mais do que 31,7 por cento. As próximas eleições presidenciais terão lugar em 2009. Em Moçambique é o presidente quem nomeia o Governo,   actualmente dirigido por Luísa Diogo.

        Após a independência em 1975, Moçambique era já um dos países mais pobres do mundo. Mas décadas de má gestão e a guerra civil de 1977-92 agravaram a situação. Não obstante um conjunto de reformas introduzidas em 1987 e em 1994, Moçambique continua dependente da ajuda externa para grande parte do seu orçamento e a maioria da população (70 por cento) vive abaixo da linha de pobreza.

       Moçambique produz alguns bens agrícolas como algodão, cajú, cana de açúcar, milho e frutos tropicais e industriais como químicos (adubos, sabões e tintas), alumínio e têxteis, entre outros. Possui ainda importantes reservas de carvão e de gás.

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Portugal

        Depois de ter dominado os mares durante os séculos XV e XVI, Portugal perdeu muita da sua riqueza e estatuto com a destruição de Lisboa, a capital, no terramoto de 1755, a ocupação dos franceses durante as guerras napoleónicas e a independência do Brasil em 1822.

        Em 1910 uma revolução pôs termo à monarquia a que se seguiram governos repressivos durante a maior parte das seis décadas seguintes entre os quais o do ditador António Oliveira Salazar, afastado das funções por acidente em 1968 e substituído por Marcelo Caetano. Em Abril de 1974 um golpe de estado abriu o caminho à introdução de reformas democráticas tendo no ano seguinte concedido a independência a todas as suas colónias, com excepção de Macau e Timor.

        A administração de Macau reverte para a China em Dezembro de 1999 e Timor apenas se torna independente em 2002 depois de mais de 25 anos de ocupação indonésia.

        Formalmente independente desde 1143 quando é assinado o Tratado de Zamora em que é estabelecida a paz com Castela, Portugal situa-se na Europa, partilhando a Península Ibérica com a Espanha. Com uma área continental de 89 mil quilómetros quadrados, Portugal conta ainda com dois arquipélagos, da Madeira e dos Açores, em pleno Oceano Atlântico.

       Com 10,5 milhões de habitantes, a esperança média de vida de cada português atinge 77 anos.

       Consequência praticamente imediata do golpe de estado de 25 de Abril de 1974, foi o início das conversações com os movimentos de libertação das colónias para pôr termo à guerra em três frentes em que Portugal estava envolvido e preparar o processo de independência, que veio a acontecer em datas diferentes dos anos de 1974 (Guiné-Bissau) e 1975 (Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Moçambique).

        Consequência também quase que imediata das independências africanas foi o processo conhecido com o dos "retornados, em que a maioria esmagadora dos portugueses brancos (cerca de um milhão) abandonou as ex-colónias, muitos deles sem qualquer bem material, rumo a Portugal que, no meio de grandes dificuldades económicas, teve de prover aos seus cidadãos.

        Aliás, os anos que vão de 1974 a 1985, ano em que Portugal adere à Comunidade Económica Europeia, hoje União Europeia, são muito difíceis para os portugueses. O apoio aos retornados bem como o rescaldo dos excessos da revolução - aumentos salariais incomportáveis, queda da produtividade, conflitos laborais e queda das exportações - conduzem ao aumento do desemprego e da inflação e à queda dos salários reais.

        Com a adesão de Portugal à CEE, em 12 de Junho de 1985, assinada pelo então primeiro-ministro Mário Soares, começaram a entrar no país fundos europeus em grande volume que permitiram que Portugal saísse do sub-desenvolvimento em que quatro décadas de ditadura o tinham deixado e iniciasse a sua aproximação dos parceiros europeus.

        Sendo um dos países do Euro, o crescimento económico em Portugal esteve desde a adesão a convergir com a média europeia, tendência que se inverteu em 2001. Um sistema educacional de baixa qualidade tem sido um obstáculo ao aumento da produtividade e do crescimento económico.

         Além disso, o país está a ser ultrapassado por produtores de mais baixo custo, tais como os países da Europa Central e de Leste que aderiram à União Europeia e da Ásia como destino de investimento directo estrangeiro.

        As regras associadas à moeda única europeia, que dizem respeito ao défice orçamental, dívida pública e taxa de inflação, levaram o actual governo português de José Sócrates a adoptar medidas impopulares a fim de baixar o défice do orçamento para o nível dos 3,0 por cento e evitar assim que o país se continue a afastar cada vez mais da média europeia.

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China

        A China, o país mais populoso do mundo, conseguiu no prazo de dois decénios passar de uma economia rural para uma industrial e fazer com que uma grande parte dos produtos hoje vendidos no mundo apresente a etiqueta "Made in China".

        O obreiro desta alteração foi, principalmente, Deng Xiaoping quando observou que "a cor do gato pouco importa desde que cace ratos".

        Deng concretizou o conceito "um país, dois sistemas", permitindo que certas regiões da China adoptassem um modelo capitalista, nomeadamente Macau e Hong Kong, a fim de que pudessem apoiar o desenvolvimento económico do país.

        Devido ao seu tamanho, a China tem um clima extremamente diverso, variando entre tropical no sul e sub-ártico no extremo Norte. O ponto mais a Norte da China, na província Heilongjiang, regista temperaturas no Inverno de menos 30 graus centígrados ao passo que na ilha de Hainão o clima é tropical e no delta do rio das Pérolas, que inclui Macau e Hong Kong, a temperatura no Inverno raramente baixa para além dos 10 graus centígrados.

        Quarto maior país do mundo, com 9,6 milhões de quilómetros quadrados, após a Rússia, Canadá e Estados Unidos, a China dispõe ainda da maior população de todos os países do planeta - 1300 milhões de pessoas, que têm uma esperança média de vida de 72 anos.

        Situada no continente asiático, a China tem fronteiras com 14 países, a saber - Afeganistão, Butão, Birmânia, Índia, Cazaquistão, Coreia do Norte, Quirguistão, Laos, Mongólia, Nepal, Paquistão, Rússia, Tajiquistão e Vietname. Tem ainda fronteiras internas regionais com Taiwan, Hong Kong e Macau.

        No século XIX e princípio do XX, a China da dinastia Manchu foi humilhada pelas potências estrangeiras que em Agosto de 1900 tomaram Pequim e conseguiram da China um acordo para que tropas estrangeiras pudessem ser estacionadas na capital. Tal foi o resultado da revolta dos Boxers. Entre 1839 e 1842 teve lugar a Guerra do Ópio que culminou com mais um tratado desigual - os ingleses, além de passarem a controlar Hong Kong, podiam utilizar cinco portos na China.

        Em ruptura com o regime imperial, Sun Yat-sen e correlegionários fazem eclodir a revolta republicana em Wuchang, capital da província do Hubei.

        Um dos companheiros de Sun cria, em Agosto de 1912, o Kuomintang, ou partido nacionalista. Este partido e o comunista, surgido em 1921, vão ser os actores principais da história da primeira metade do século XX na China.

        Coligados na luta contra o inimigo japonês, que no final da II Guerra Mundial tinha causado a morte de mais de 20 milhões de chineses, os nacionalistas e comunistas envolvem-se numa guerra civil que termina com a derrota dos primeiros.

        A 1 de Outubro de 1949, Mao Zedong, secretário-geral do Partido Comunista da China, proclama a República Popular da China, com capital em Pequim, em cerimónia na praça Tian Anmen.

        Os derrotados nacionalistas de Chiang Kai-shek refugiam-se em Taiwan que, no entanto, continua a fazer parte integrante da China.

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São Tomé e Príncipe

        São Tomé e Príncipe, um arquipélago com duas ilhas principais formadas a partir de vulcões extintos e cujos nomes adicionados deram origem ao do país, está situado no Golfo da Guiné, em cima do Equador - a 1 grau de latitude Norte - e a ocidente do Gabão.

        Com uma área de 1 001 quilómetros quadrados, um dos mais pequenos países de Africa, São Tomé oferece um clima tropical, quente e húmido, com a época das chuvas de Outubro a Maio, aos seus pouco mais de 187 mil habitantes.

        Descoberto pelos navegadores portugueses no século XV, São Tomé e Príncipe acabou no século XIX por ter a sua economia recentrada em dois produtos agrícolas, cacau e café, produzidos com recurso a trabalho escravo.

        Embora a independência de Portugal tenha sido obtida em 1975, apenas em finais de 80 surgiram as primeiras reformas democráticas, com as primeiras eleicões livres a terem tido lugar em 1991. Mesmo assim, o ambiente político tem-se pautado pela instabilidade com mudanças frequentes nos lugares de topo e com tentativas de golpe de estado em 1995 e 2003.

        A recente descoberta de petróleo no golfo da Guiné deverá ter um impacto muito significativo na estrutura económica e social do pequeno arquipélago.

        Mais de metade da sua população vive abaixo da linha de pobreza mas a esperança média de vida é de 67 anos e a mortalidade infantil é de apenas 6,7 mortos por mil.

        Continuadamente dependente do cacau para sobreviver desde a independência, a má gestao e a seca fizeram cair a producção. Só que os preços subiram no mercado internacional e o rendimento obtido pelos produtores praticamente manteve-se inalterado.

        Importando praticamente tudo, inclusive produtos alimentares, São Tomé deverá vir a beneficiar da exploração das reservas petrolíferas do golfo da Guiné, cujo primeiro contrato foi atribuído a uma empresa norte-americana, bem como dos recursos turísticos.

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Timor-Leste 


        Timor-Leste foi oficialmente reconhecido como um estado independente em 20 de Maio de 2002 depois de 3 anos de uma presença militar internacional das Nações Unidas destinada a pôr termo à política de terra queimada e de assassínios generalizados levada a cabo por milícias leais à ocupação do território pela Indonésia.

        Entre o anúncio dos resultados do referendo em que a população manifestou o seu desejo de independência face à Indonésia e a chegada das tropas enviadas pelas Nações Unidas, as milícias e os soldados indonésios destruíram a maior parte das infra-estruturas do país, incluíndo casas, sistemas de irrigação e de abastecimento de água, escolas e quase 100 por cento da rede de distribuição de energia eléctrica.

        Os portugueses começaram a negociar com os habitantes da ilha de Timor no início do século XVI, 1512, e algumas décadas mais tarde decidiram colonizá-la. Escaramuças com os holandeses terminaram com a assinatura do tratado de 1859 em que Portugal cedia a parte ocidental da ilha embora aí tenha mantido o enclave de Ocussi.

        Durante a II Guerra Mundial, Timor foi ocupado pelas tropas japonesas. Em 1945 Portugal retomou a autoridade colonial depois da derrota do Japão. Em 1974 ocorreu um golpe de estado em Portugal que teve como resultado mais importante a independência de todos os territórios coloniais.

        Em 28 de Novembro de 1975, Timor-Leste declarou a sua independência de Portugal e nove dias depois foi invadido e ocupado pelas tropas indonésias. Em Julho de 1976 foi incorporada como a 27ª província da Indonésia. Uma campanha de pacificação de duas décadas levada a cabo pelas tropas de Jacarta não deu grandes resultados e saldou-se apenas pela morte de um número estimado em 200 mil pessoas.

        Com uma área de 15 mil quilómetros quadrados, espalhados pela parte ocidental da ilha de Timor, pelo enclave de Ocussi e por duas ilhas menores, Timor-Leste tem uma população de pouco mais de 1 milhão de pessoas, que têm uma esperança média de vida de 66 anos. Na sequência dos massacres pós-referendo 300 mil pessoas fugiram para a metade ocidental da ilha. A esmagadora maioria já regressou.

        Em termos económicos, Timor-Leste beneficiou de um programa maçico de ajuda internacional que ajudou na reconstrução tanta das zonas urbanas como rurais. O país enfrenta graves problemas que passam pela construção de infra-estruturas, reforçar a incipiente administração pública e criar emprego para os jovens. No entanto, os rendimentos provenientes da exploração dos recursos petrolíferos, por parte da Austrália, deverão ajudar o governo timorense a levar à prática os seus projectos de desenvolvimento.

http://timor-leste.gov.tl